A Justiça determinou que Gisele Beatriz Dias, de 43 anos, irá a júri popular pela morte das filhas gêmeas Manuela e Antônia Pereira, de 6 anos, ocorridas com um intervalo de oito dias em Igrejinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. As mortes, registradas em outubro de 2023, chocaram a comunidade local.
Segundo a acusação, Gisele teria sufocado as duas meninas, hipótese sustentada durante as investigações. Inicialmente, foi levantada a possibilidade de envenenamento, mas os exames periciais não identificaram substâncias tóxicas nos restos mortais das crianças.
A decisão foi proferida pelo juiz Diogo Bononi Freitas, da 1ª Vara Judicial de Igrejinha, que também optou por manter a prisão preventiva da acusada. Gisele está recolhida desde outubro na Penitenciária Feminina de Guaíba.
A defesa da ré se manifestou afirmando que recebeu a decisão “com tranquilidade”, mas já recorreu ao Tribunal de Justiça, alegando nulidades processuais. Os advogados tentam reverter ou anular o encaminhamento ao júri, citando supostas irregularidades ocorridas durante a condução do caso.
Os defensores também apontam suspeição do magistrado, alegando falta de imparcialidade, e questionam a negativa do juiz em permitir a realização de um exame de sanidade mental. De acordo com a defesa, há indícios de que Gisele apresenta desconexão com a realidade, o que deveria ser avaliado antes da continuidade do processo. A negativa, segundo os advogados, representa uma violação ao direito à ampla defesa.
O caso segue em tramitação, e a data do júri ainda não foi definida.
Colaborou com informações G1 RS