A Polícia Civil deflagrou a Operação Carrasco para apurar denúncias contra a ex-secretária da Causa Animal de Canoas. Ela é suspeita de autorizar, em apenas oito meses de gestão, a aplicação de 239 eutanásias, muitas delas em animais que não apresentavam doenças graves.
Segundo as investigações, os corpos eram armazenados em sacos plásticos e, posteriormente, enviados para incineração em uma universidade. Durante o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão, policiais encontraram R$ 100 mil em espécie e 14 cadáveres de animais guardados em um freezer na casa da investigada.
A ex-secretária havia assumido a pasta em janeiro e pediu exoneração em agosto. Paralelamente ao cargo público, ela administrava um instituto e também mantinha uma ONG de resgate. Há indícios de desvio de recursos obtidos por doações via Pix, além da prática irregular de eutanásias.
Por lei, a eliminação de animais em estruturas públicas só é autorizada em situações de risco sanitário, o que não teria sido comprovado em muitos dos casos. Organizações de proteção animal acompanham a apuração.
Em nota, a Prefeitura de Canoas informou que está colaborando com a polícia e instaurou um procedimento interno para esclarecer os fatos.
Colaborou Redação Grupo Sepé.
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