
A Receita Federal emitiu um novo alerta após registrar, em diferentes unidades do país — inclusive no Aeroporto Internacional de Porto Alegre —, um crescimento nas ocorrências do chamado “golpe do amor”. Diversas pessoas têm procurado atendimento acreditando que precisam pagar taxas para liberar objetos supostamente retidos na alfândega, mas tudo não passa de fraude.
O esquema, que se apoia na vulnerabilidade emocional das vítimas, envolve criminosos que criam perfis fictícios em redes sociais e constroem relacionamentos virtuais para ganhar confiança. Com o vínculo estabelecido, eles apresentam histórias convincentes para justificar cobranças inexistentes.
No formato mais antigo, mulheres eram o principal alvo. Os golpistas fingiam interesse amoroso, trocavam fotos falsas e chegavam a simular um noivado. Em seguida, diziam ter enviado uma joia ou presente caro ao Brasil — que, segundo eles, teria sido barrado pela alfândega. A vítima, acreditando na relação, efetuava pagamentos de supostas taxas.
Hoje, porém, o cenário mudou: homens se tornaram o público mais visado. Criminosos assumem a identidade de uma médica estrangeira em missão humanitária e afirmam ter despachado sua bagagem ao Brasil. Para liberar a mala, a vítima é instruída a arcar com valores que, na prática, não existem.
Outra variação promete malas cheias de dinheiro trazidas do exterior. Convencidos de que irão receber uma grande quantia, muitos acabam pagando várias “despesas de liberação”.
Grande parte das vítimas são pessoas mais velhas, solitárias ou com pouca familiaridade com golpes digitais. Muitas chegam aos postos da Receita Federal acreditando que o governo está impedindo um romance verdadeiro ou bloqueando uma chance de enriquecimento.
Como se proteger, segundo a Receita Federal:
- Desconfie de perfis recém-criados, especialmente de supostos estrangeiros.
- Não aceite compromissos afetivos ou financeiros sem um encontro presencial.
- Jamais faça pagamentos por links, boletos ou guias enviados via WhatsApp, e-mail ou redes sociais.
- A Receita Federal nunca encaminha DARF por aplicativos de mensagem.
- Em casos de dúvida, procure exclusivamente os canais oficiais da instituição.