Será realizado nesta quarta-feira (11), no município de Taquari, o julgamento da mãe e do padrasto de um menino de três anos, acusados de envolvimento em sua morte. O casal responde por homicídio qualificado — com agravantes de motivo fútil e prática mediante tortura — além de lesão corporal. O crime chocante aconteceu em 3 de fevereiro de 2022, no Bairro Boa Vista II.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o padrasto teria se descontrolado durante uma troca de fraldas, agredindo o menino com um tapa na cabeça e arremessando-o contra um colchão. A criança acabou batendo a boca na parede e, mesmo já caída, foi alvo de um chute. A mãe levou o filho ao hospital, mas ele já havia chegado sem vida.
O caso ganhou novos contornos após o relato de que, após a prisão em flagrante do companheiro, a mulher voltou para casa e limpou os vestígios da agressão, em uma tentativa de encobrir o ocorrido.
O Ministério Público sustenta ainda que a mãe foi conivente com as violências anteriores, tendo conhecimento das agressões frequentes sofridas pela criança sem tomar qualquer atitude para protegê-la. Segundo a acusação, ela teve pleno domínio da situação e, mesmo assim, optou por silenciar e acobertar os atos do companheiro.
O júri popular será um momento decisivo para o desfecho judicial de um dos crimes mais brutais registrados recentemente na região. A expectativa é que o julgamento traga justiça à vítima e um alerta sobre a importância da proteção à infância.
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