Bolsonaro afirma que está "indignado" com parecer da PGR e que não pedirá asilo: "Não cometi crime algum"
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Bolsonaro afirma que está "indignado" com parecer da PGR e que não pedirá asilo: "Não cometi crime algum"

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que está "indignado" com as alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pediu a sua condenação e de mais sete réus por envolvimento em suposta tentativa de golpe de Estado. O material, com 517 páginas, foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira (14).

— Eu estou indignado. Que acusação é essa? Que fumaça é essa? Querem me condenar a 43 anos de cadeia por isso? Não houve nem tentativa, nem cogitação de nada — disse, em entrevista à CNN Brasil.

O ex-presidente, que integra o núcleo 1, chamado de crucial, da denúncia, disse ainda que não cogita pedir asilo político, pois entende que não cometeu crime, e que enfrentará o processo.

— Olha, eu vou ser preso por quê? Por ter destruído aqui o relógio em Brasília? Eu estava nos Estados Unidos. É um crime impossível. Como é que eu vou pedir um asilo se eu não cometi crime algum? O próprio Trump tem dito, é caça às bruxas. Geralmente se condena alguém por corrupção, como Lula foi condenado por três instâncias por corrupção — afirmou.

O ex-presidente voltou a criticar as provas e argumentos apresentados pela acusação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

— Inventaram um golpe. Vocês acham que as pessoas domingo queriam dar um golpe? Por que as imagens sumiram? Por que o Flávio Dino (atual ministro do STF e na época ministro da Justiça) sumiu com quase 200 câmaras? Porque ia provar que o quebra-quebra foi antes do pessoal do acampamento chegar lá. Eles querem empurrar agora, condenado eu, ministro meu, gente do meu lado, como uma agressão — disse.

Tarifa de Trump ao Brasil

Bolsonaro criticou a resposta de Luiz Inácio Lula da Silva à tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou que tenha participação na sobretaxa e afirma que torce por um acordo:

— Querem me culpar? Eu estou taxando o Brasil? Eu estou vibrando com taxação? Não. Agora o Brasil tem como chegar à solução disso. O Trump está mostrando. O que ele quer? É só o Brasil fazer. E nós todos queremos. Eu espero que até o 1º de agosto isso seja resolvido.

Ele sugeriu ainda que poderia tentar "conversar" caso tenha o passaporte restituído, mas que, agora, as negociações podem ser feitas por seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos.

— O Eduardo está negociando. O Eduardo é um excelente garoto, meu filho, responsável. Está dando o melhor de si. sacrificou a tua vida, tá sacrificando teu mandato pra buscar uma alternativa e tá conversando com gente do parlamento e do governo Trump.

Neste sentido, Bolsonaro evitou criticar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por realizar reuniões com representantes dos EUA para abordar as tarifas. Para o ex-presidente, ele está tentando negociar melhores tarifas para o seu Estado, mas é preciso uma decisão para o Brasil, que está sendo conduzido por Eduardo.

Bolsonaro também classificou como "lamentável" a declaração do senador Hamilton Mourão, que foi vice-presidente durante o seu mandato, que criticou a interferência de Trump em assuntos internos.

— Ele nos aponta o caminho para resolver internamente. Eu acredito nele. Não tem como, hoje em dia, resolver internamente essas questões. Não tem como. Eu acho lamentável a declaração dele — disse.

Fonte: GZH

Foto: Ton Molina / STF

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