A Polícia Civil apura as circunstâncias da morte de uma paciente do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), ocorrida em 7 de agosto, um dia após a realização de uma transfusão de sangue. Segundo as investigações, o procedimento não constava no prontuário médico da mulher.
O caso está sob responsabilidade do delegado Adriano de Rossi, que já ouviu familiares da vítima e a enfermeira responsável pela transfusão. Durante o depoimento, a profissional optou por permanecer em silêncio. O corpo passou por necropsia, mas os laudos ainda não foram divulgados.
De acordo com a filha da paciente, a mãe fazia tratamento oncológico há mais de um ano e havia sido internada em 5 de agosto devido a fortes dores abdominais. Por falta de leitos, ela precisou permanecer em um corredor do hospital. No dia seguinte, a enfermeira teria indicado a transfusão como forma de fortalecer o organismo. Poucos minutos após o início do procedimento, a paciente apresentou dificuldades respiratórias, foi transferida para a UTI, mas não resistiu.
A polícia investiga se houve um erro isolado da profissional de enfermagem ou se a responsabilidade deve ser atribuída de forma coletiva, envolvendo também o corpo clínico do hospital. Caso fique comprovado que a transfusão foi a causa direta da morte, os envolvidos poderão ser indiciados criminalmente. Caso contrário, o episódio pode ser tratado como falha administrativa da instituição.
Em nota, o HUSM informou que instaurou um processo interno para apurar o caso:
“O Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) informa que instaurou processo interno para apurar as circunstâncias que levaram ao falecimento de uma paciente na manhã da última quinta-feira (07/08). O HUSM permanece colaborando com as autoridades competentes e se solidariza com os familiares, reafirmando seu compromisso com a vida, a dignidade humana e a segurança assistencia